Reconheço
que ao longo dos meus 25 anos não vivi emoções suficientes para dar conselhos
precisos. Porém, as aprendizagens que minha jornada têm proporcionado, de
alguma forma, tento passar adiante, conversando ou escrevendo.
Por exemplo,
em apenas um ano, perdi o emprego, um pai e a noiva. E o que ganhei? Certa experiência
para lidar com as adversidades, que agora compartilho com vocês, leitores do Quando falta pauta.
Há exatos
365 dias, fiquei sabendo que seria dispensado do emprego que aprendi a amar –
no meu melhor momento profissional, diga-se de passagem. As manhãs (período que
trabalhava) que sucederam a notícia mais triste que escutei na “Rádio Peão”
foram massacrantes, até a data de assinar minha demissão.
A lamentação
só não foi maior porque tinha alguém em casa sofrendo mais, literalmente. Meu
pai já lutava contra um câncer há quase três anos, e, justamente naquela época,
suas dores foram multiplicadas. Quis o destino que estivesse ao lado dele
durante os próximos dois meses de sua curta passagem pela Terra.
Se estar
desempregado já não era fácil, com a ausência do meu Guerreiro, o medo começou
a bater de forma mais intensa à minha porta. Para ajudar, um pedido de tempo em
meu noivado, cem dias depois. E o fim de um relacionamento de aproximadamente
quatro anos, cinco meses mais tarde.
É claro que
neste último ano também tive meus momentos de felicidade, por sua vez, jamais
aprendi na alegria o tanto que as perdas me ensinaram. Parece que quando tudo
está indo bem, a gente não é capaz de refletir nossa caminhada, e olha que
estamos acertando e errando como sempre estivemos, a diferença é que, enquanto
celebramos vitórias, não temos tempo para analisar os erros que por pouco não
nos fizeram derrotados.
Se ainda não
tenho know-how para aconselhar, aqui
vão mais alguns comentários pontuais sobre o que aprendi com essas
adversidades:
- Se perdeu
o emprego, nunca fale que está desempregado, opte por “estou disponível no
mercado”. Pode demorar um pouco, mas vão aparecer novas oportunidades, e é
preciso estar atento para agarrar a que tem mais a ver com as suas
potencialidades. Você vai se sentir realizado profissionalmente quando iniciar
uma tarefa feliz e completá-la contente. Sim, isso é possível, mas primeiro
você precisa se encontrar para achar esta vaga – que está aguardando
ansiosamente por você!
- Sepultou
um ente querido? Agora só resta a saudade. Será difícil nadar, mergulhando num
mar de tristeza. Se não consegue superar esta dor, faça de tudo para
suportá-la, já que precisa continuar remando seu barco. Daqui pra frente, você
poderá olhar para o alto e pedir proteção a mais nova estrela do céu, para que
ela te ajude a também encontrar seu cais. E, lembre-se, toda vez que você
sorrir, a intensidade do brilho desse corpo celeste será potencializada.
- Por fim,
se terminou com o amado (a), fica a dica: não procure pela pessoa que tenha a
certeza que vá morrer ao lado dela, mas busque alguém que valha a pena se dar
mal um dia. Se não foi para sempre, como
havia planejado, ao menos, permita-se afirmar que o que viveu, valeu a pena.
Espero que a
leitura deste artigo lhe faça mais forte diante das dificuldades que lhe
afligiram, afligem ou afligirão. Foco, força e fé, parça!
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