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sábado, 18 de abril de 2015

Tá doendo? Vai passar!

Reconheço que ao longo dos meus 25 anos não vivi emoções suficientes para dar conselhos precisos. Porém, as aprendizagens que minha jornada têm proporcionado, de alguma forma, tento passar adiante, conversando ou escrevendo.
Por exemplo, em apenas um ano, perdi o emprego, um pai e a noiva. E o que ganhei? Certa experiência para lidar com as adversidades, que agora compartilho com vocês, leitores do Quando falta pauta.
Há exatos 365 dias, fiquei sabendo que seria dispensado do emprego que aprendi a amar – no meu melhor momento profissional, diga-se de passagem. As manhãs (período que trabalhava) que sucederam a notícia mais triste que escutei na “Rádio Peão” foram massacrantes, até a data de assinar minha demissão.
A lamentação só não foi maior porque tinha alguém em casa sofrendo mais, literalmente. Meu pai já lutava contra um câncer há quase três anos, e, justamente naquela época, suas dores foram multiplicadas. Quis o destino que estivesse ao lado dele durante os próximos dois meses de sua curta passagem pela Terra.
Se estar desempregado já não era fácil, com a ausência do meu Guerreiro, o medo começou a bater de forma mais intensa à minha porta. Para ajudar, um pedido de tempo em meu noivado, cem dias depois. E o fim de um relacionamento de aproximadamente quatro anos, cinco meses mais tarde.
É claro que neste último ano também tive meus momentos de felicidade, por sua vez, jamais aprendi na alegria o tanto que as perdas me ensinaram. Parece que quando tudo está indo bem, a gente não é capaz de refletir nossa caminhada, e olha que estamos acertando e errando como sempre estivemos, a diferença é que, enquanto celebramos vitórias, não temos tempo para analisar os erros que por pouco não nos fizeram derrotados.
Se ainda não tenho know-how para aconselhar, aqui vão mais alguns comentários pontuais sobre o que aprendi com essas adversidades:
- Se perdeu o emprego, nunca fale que está desempregado, opte por “estou disponível no mercado”. Pode demorar um pouco, mas vão aparecer novas oportunidades, e é preciso estar atento para agarrar a que tem mais a ver com as suas potencialidades. Você vai se sentir realizado profissionalmente quando iniciar uma tarefa feliz e completá-la contente. Sim, isso é possível, mas primeiro você precisa se encontrar para achar esta vaga – que está aguardando ansiosamente por você!
- Sepultou um ente querido? Agora só resta a saudade. Será difícil nadar, mergulhando num mar de tristeza. Se não consegue superar esta dor, faça de tudo para suportá-la, já que precisa continuar remando seu barco. Daqui pra frente, você poderá olhar para o alto e pedir proteção a mais nova estrela do céu, para que ela te ajude a também encontrar seu cais. E, lembre-se, toda vez que você sorrir, a intensidade do brilho desse corpo celeste será potencializada.
- Por fim, se terminou com o amado (a), fica a dica: não procure pela pessoa que tenha a certeza que vá morrer ao lado dela, mas busque alguém que valha a pena se dar mal um dia.  Se não foi para sempre, como havia planejado, ao menos, permita-se afirmar que o que viveu, valeu a pena.
Espero que a leitura deste artigo lhe faça mais forte diante das dificuldades que lhe afligiram, afligem ou afligirão. Foco, força e fé, parça!

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