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sexta-feira, 5 de março de 2010

Minha história começa mais ou menos assim...


26 de janeiro de 1990 nascia “um futuro craque de futebol”, na opinião de meu pai. Minha mãe se contentava com “um potencial médico, engenheiro ou advogado”. Ter um filho jornalista não passava pelas suas cabeças, aliás, minha mãe um dia me disse que esta é “a profissão que mais abriga artistas em final de carreira e a que mais revela a burrice humana, pela exposição contínua na mídia”.

Bem, até meus 10 anos tentei seguir a carreira que meu pai sonhava pra mim. Fiz escolinha de futebol, mas não tinha muitas oportunidades, pois estava um pouco acima do peso, sem contar que também não tive a sorte de naquela época o Ronaldo estar jogando com a sua atual forma física. Quando eu entrava, sempre depois dos 30min do segundo tempo, não fazia feio, até marcava meus golzinhos. Resolvi sair no auge, assim como fez um certo “Pelé”. Nosso time perdia de 7X0 para o time principal de minha cidade, o técnico olhou para o banco e me chamou: “Entra lá moleque, vira esse jogo pra gente”. Confesso que ri na cara dele. Bem, entrei naquela barca furada disposto a fazer meu último jogo. Já nos acréscimos recebi uma bela bola do 10 do time, limpei dois zagueiros e bati no canto superior direito do goleiro, sem chances de defesa. Busquei a bola no fundo das redes e entreguei para o juiz com um pedido: “Termina essa porra logo, meu pai já viu meu gol”. Lembro até hoje que nos jogos que ganhávamos nunca meu pai conseguia ir, pelo trabalho, mas nesse ele conseguira, vai saber o porquê.

Depois do jogo, agradeci ao meu técnico “por toda a confiança que ele depositara em mim, enquanto joguei no time dele”. Também expliquei que pretendia tomar um novo rumo na minha vida, pois precisava me dedicar mais aos estudos, para ver se ainda dava tempo de recuperar o tempo perdido e virar um profissional de pelo menos uma área que minha mãe pretendia.

Distanciei-me dos gramados, mas a paixão pelo futebol continuava. Com meus 15 anos, já bem mais magro, ganhei cultura com muita leitura e produção de textos. Pensava em trabalhar em alguma área relacionada ao esporte, mesmo contra a vontade de minha mãe, aliás, na adolescência é bem comum os jovens contrariarem seus pais, no meu caso esquecer a medicina e a engenharia era o meu direito.

Só depois de eu ter ouvido pessoas de mais gabarito, descobri que poderia estar relacionando hobby ao futuro emprego. Foi então que comecei a fazer uso dos testes vocacionais, pesquisar carreiras e pedir a opinião dos amigos em relação ao meu futuro. Só com 17 anos o jornalismo apareceu na minha vida, não sei bem ao certo como foi, mas me lembro que o jornalismo esportivo apareceu como uma possibilidade que eu teria para ganhar dinheiro e ser feliz ao mesmo tempo.

Na faculdade, tive a possibilidade de conhecer, aprender e me interessar por novas áreas dentro do jornalismo. “Cultura”, “economia”, “internacional” e até mesmo “política” começaram a me agradar. Ainda estou tendo um pouco de dificuldades com “polícia”, isto porque tive o azar de ter visto o Datena apresentar o “Brasil Urgente”, da Band.

Atualmente, não sei ao certo qual área vou seguir dentro do jornalismo, mas posso concluir certamente que em qualquer uma que o futuro me proporcionará serei mais feliz do que as profissões que meus pais desejavam para mim. Hoje eles se orgulham de ver minhas matérias publicadas em jornais de bairro, revistas de menor expressão e em sites jornalísticos menos afamados. E eu fico ainda mais feliz por ter conseguido colocar eles do meu lado.

Um comentário:

Unknown disse...

ii juan sua vida essa eu gostei em so q vc nao virou o femoneno juan,srsr vai ser o novo entregrate do cqc neh
srsrsr