“Nossa, que
alegria por te ver aqui! Sabia que a senhora foi importante pra escolha da
área onde trabalho? Seus elogios aos meus textos e incentivo para eu ‘continuar
contando histórias’ me fizeram optar pelo Jornalismo”, foram com essas palavras
que abordei Iara, minha ex-professora de Leitura e Produção de Texto (LPT), em
uma festa, há alguns dias.
Ela me deu
aulas no Ensino Médio, entre 2006 e 2007 - no ano seguinte, já estava na faculdade -,
e, só depois de oito anos, tivemos a oportunidade de nos reencontrarmos, quando
pude agradecê-la por aquele apoio.
O mais engraçado
é que hoje tenho a oportunidade motivar, em um Curso de Empreendedorismo
Socioambiental, 50 jovens - de 13 a 17 anos - a seguirem seu propósito com o
mesmo foco, força e fé que a Iara me orientou um dia, após analisar meu
talento.
Minha função
nesse projeto é apenas de auxiliar, vou mais para registrar jornalisticamente
cada aula, por sua vez, a garotada - em sua maioria, discriminada por morar num
bairro com alto índice de criminalidade - tem me chamado de professor, o que
tem aumentado consideravelmente minha responsabilidade nas quintas-feiras à
noite.
Longe de ser
um mentor da turma, objetivo apenas seu respeito e, por que não, amizade; alguém
que quer ver esses garotos e garotas crescerem profissionalmente, valorizando
suas aptidões, repeitando a natureza e as causas sociais. Acredito que melhor
influência é a do educador, aquele que desempenha sua função de corpo e alma.
Mas quem sabe algum
desses jovens não se torna um empresário com responsabilidade socioambiental de
sucesso, sugestão de pauta encaminhada por mim aos principais veículos de
comunicação do país? Como a maioria deles tem acreditado na possibilidade, só
me resta continuar botando pilha na molecada! =P
Estar na praia, saltar de paraquedas, conseguir um emprego, namorar, ter filhos, ir à igreja, comprar um carro, escutar um elogio, ter amor próprio... Estas são algumas coisas que fazem as pessoas felizes, algumas delas representam um custo, outras não. Mas e no seu caso, o que te faz feliz? Quanto você precisaria ganhar mensalmente para viver sorrindo à toa?
Segundo estudo publicado no periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), com R$ 11 mil por mês uma pessoa pode alcançar a felicidade. A pesquisa foi realizada a partir de entrevistas feitas pelo instituto Gallup, entre 2008 e 2009, com mais de 450 mil americanos, que relataram a frequência com que se sentiram felizes e estressados.
Cada entrevistado também teve de dar uma nota, de zero a dez, sobre o quanto estavam satisfeitas com suas vidas. A nota média foi de 6,76. Em seguida, as respostas foram combinadas a dados sobre a condição financeira dos entrevistados. Foi então que os pesquisadores perceberam que o índice de satisfação com a vida crescia proporcionalmente ao salário até o patamar de R$ 11 mil mensais, quando a nota deixava de crescer.
"Uma renda pequena exacerba as dores emocionais associadas a problemas como divórcio, doença ou solidão", disse Daniel Kahneman, da Universidade Princeton, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2002 e coautor da pesquisa.
Por sua vez, o economista e pesquisador, Romeu Friedlaender Junior, analisou o preço da felicidade no caso do brasileiro. “O valor indicado na pesquisa foi calculado para os padrões econômicos dos Estados Unidos, onde o PIB per capita é cinco vezes maior que o brasileiro, então poderíamos considerar 1/5 para o Brasil, ou seja, com R$ 2,2 mil mensais o brasileiro encontra a felicidade. Considerando que a renda média do trabalhador brasileiro foi de R$ 1,1 mil em 2009, conforme os dados da última PNAD do IBGE, ainda falta muito para o brasileiro ‘comprar’ a sua felicidade”, afirmou Friedlaender, em artigo publicado no site cntnoticias.com.br.
Em conclusão, para ser feliz o importante não é ser rico, mas sim não ser pobre. Confira na tabela a seguir os itens mais votados que proporcionam felicidade ou infelicidade, de acordo com o estudo realizado por pesquisadores da Universidade Princeton, nos Estados Unidos. Infográfico: Editoria de Arte Folhapress
“Partindo do princípio que só o Pelé é eterno, eu seria muito feliz se pudesse estar na praia agora”, disse, aos risos, o estagiário Denis Marto, 20 anos, quando indagado sobre o que traz mais felicidade em sua vida, enquanto trabalhava numa segunda-feira. Marto mora em Tupi, interior de São Paulo, e para realizar sua vontade, ele desembolsaria aproximadamente R$ 500,00 (entre transporte, refeição e estadia) para passar um final de semana no litoral paulista com sua namorada. O metalúrgico Leonardo Bortoleto, 23, sempre sonhou com carros antigos, mas foi só este ano que conseguiu comprar seu landau. Contudo, ele teve que bater de frente com sua própria família antes de adquirir o carango. “Meus familiares eram contra meu gosto, eles falavam para eu comprar um carro popular, que é bem mais econômico e não traria dor de cabeça pra mim”, relatou Bortoleto. Ele gastou R$ 15.500,00 para comprar o landau, e com 10 reais de gasolina não consegue nem dar uma volta com o veículo pelo próprio bairro. “Sei que o carro é gastão, mas não me importo. Não há coisa mais gostosa que dirigir o ‘velho landa’ e escutar as pessoas elogiando-o”, ressaltou.
“Vou ficar muito feliz no dia em que eu conseguir um emprego como engenheiro ambiental”, comentou o assistente ambiental, Lucas Felipe de Oliveira, 25. Ele gastou uma boa grana para se formar como engenheiro, aproximadamente R$ 40 mil, durante quatro anos e meio de curso. Agora, Oliveira pretende arrumar um trabalho em sua área para poder recuperar todo o dinheiro investido em seus estudos.
“Desde a minha infância já sonhava em um dia saltar de paraquedas, mas foi só depois de casado que consegui realizar esse sonho”, disse o gerente comercial, Rodrigo Martim Piva, 30. O pai dele é quem cortava suas asas, toda vez que sonhava estar voando. Piva foi dar seu primeiro salto aos 24 anos, e depois de já ter dito “sim” no altar. “Investi R$ 2.500,00 até obter minha licença profissional, recentemente consegui comprar meu paraquedas, no valor de R$ 8 mil e agora, toda vez que salto, só arco com os custos de voo, aproximadamente R$ 80,00”, afirmou ele, que agora sonha fazer um salto duplo com sua filha. Ela tem quatro anos, e só a partir dos oito que poderá decidir se dará essa alegria ao pai. O diretor de redação da Revista Galileu, Ricardo Moreno, fez uma análise do que é ser feliz atualmente. “A busca da felicidade é um anseio de todo o ser humano. Com a vida moderna, as pessoas passaram apenas a valorizar os grandes momentos de felicidade, deixando de lado os prazeres simples do dia-a-dia”, observou Moreno, em matéria publicada no site 45graus.com.br.
“Você só encontrará a felicidade quando estiver de bem consigo mesmo”, ressaltou o presidente de uma ONG ambiental, José Roberto Basso (que também é meu patrão), 50, fazendo questão de ressaltar a importância de se valorizar as coisas simples da vida e de não se prender tanto a bens materiais.
Dia desses, Basso contou uma história de vida muito bonita no trabalho, e que agora vou compartilhar com vocês:
Um rico empresário paulistano dirigia seu utilitário esportivo pela costa, indo para o Nordeste encontrar sua família em férias. Anoitecia e ele cruzava o sul da Bahia quando o carro teve problemas mecânicos em uma estradinha secundária, ao lado do mar. Sem alternativa foi bater na porta de uma humilde casa de madeira, quase na praia. Foi atendido por um pescador muito pobre, que lhe deu janta e abrigo para dormir. No dia seguinte o paulistano conheceu a família do pescador, sua esposa e oito filhos, enquanto aguardava socorro mecânico para seu veículo. E viu o quão grande era a pobreza deles, que nem luz elétrica tinham em casa e que dependiam da pesca que o mar provia. Depois do almoço resolveu que poderia fazer algo por eles. Disse assim ao pescador: “Obrigado por ter me ajudado. Em troca, eu gostaria de lhe ensinar o que eu sei, gostaria de lhe ensinar a ser rico!” “Olhe… Eu num sei disso de ser rico não”, disse o pescador. “Mas eu quero te ensinar! Me diz, o que você faz todo dia?”, perguntou o empresário. “Eu acordo cedo, pego minha vara e vou pescar! Pesco o que preciso. Depois passo o dia aqui na praia, descansando com minha mulher e com meus filhos.” “Pois então, preste atenção: amanhã quando você sair para pescar você não pare quando tiver pouco peixe. Continue pescando tudo o que puder, pesque o máximo de peixe que conseguir. Trabalhe o dia todo!” “É? Mas e aí?” “Aí você vai pegar os seus peixes e levar para o mercado. Lá você vai vender tudo pelo melhor preço e guardar o dinheiro.” “É?” “É. E quando você tiver juntado um dinheiro, você vai comprar uma rede de pesca, que é para poder pescar mais peixe ainda.” “Mas e aí?” “Aí você com a rede pega muito mais peixe, continua pescando o máximo, leva tudo para o mercado. Você vai ver que vai ganhar mais dinheiro ainda.” “É?” “Isso! Você junta mais esse dinheiro e logo vai poder comprar um barco — e com o barco vai poder ir para mais longe, achar os maiores cardumes, trazer mais peixe.” “E aí?’”, perguntou, intrigado, o pescador. “Aí você vai vendendo os peixes, e deve arrumar dinheiro para contratar ajudantes, contratar uma equipe para te ajudar a pescar e puxar mais peixe. Quando tiver mais dinheiro compre um segundo barco e coloque mais empregados naquele outro barco.” “É?” “É isso! Continue fazendo isso e logo você terá uma frota de barcos de pesca. Compre um depósito refrigerado para armazenar os peixes. Continue comprando barcos, empregando mais gente, construindo depósitos maiores e em mais cidades. Entendeu?” “Entendi!” “E agora vem a última parte: abra o capital da sua empresa, lance ações na bolsa, venda as ações e fique extremamente rico!” “Ééé?!”, os olhos do pescador brilhavam, arregalados. “E… E... E aí?” “Aí? Aí você está rico! Você pode parar de trabalhar! Pode ir morar na praia! Passar o dia pescando e descansando com sua família!”
A moral desta história está no coração de cada um que a acaba de ler! E a mensagem que este texto pretende passar é que dinheiro pode sim trazer certa felicidade, mas não tanto quanto se imagina. Dependendo da forma com que for gasto, o dinheiro pode, inclusive, diminuir a capacidade das pessoas de aproveitar as coisas simples da vida.
Antes de concluir, vale ressaltar que se formos nos prender a pesquisa norte-americana, a felicidade não caberia no bolso de 90% dos brasileiros. O atual valor do salário mínimo é de R$ 510,00 e sem dúvida, é insuficiente para suprir todas as necessidades básicas da população brasileira. Segundo pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo do trabalhador deveria ter alcançado a cifra de R$ 2.132,09 em outubro, justamente para garantir a seguridade de suas necessidades – e de seu lar.
O cálculo tomou como parâmetro a Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mesmo mês, a qual teve por base o valor mais alto verificado (em São Paulo, de R$ 253,79), o levantamento estabelece que para o cidadão viver bem, a soma ideal deve abastecer despesas com moradia, alimentação, saúde, educação, transportes, vestuário, lazer, higiene e previdência.
Confira a reportagem veiculada no “Bom Dia Brasil”, que fala sobre o assunto abordado no texto:
Agora, escute uma música que faz muito feliz o cantor e compositor, Oswaldo Montenegro.
“O que importa é ter saúde”, esta talvez seja a frase que mais pronuncio durante o dia, basta acontecer alguma coisa que não me agrade muito, ou ainda, alguém reclamar de algo na minha presença. Às vezes, meus amigos pensam que eu brinco, mas não, apenas recordo o quanto é ruim ficar internado num hospital, comendo sopinha e gelatina dia sim, no outro também. No meu caso, fui afetado por uma alergia rara, que os médicos não foram capazes de descobrir sua causa há a mais de 18 anos atrás. Dos 2 aos 5 anos de idade, se eu for contabilizar, fiquei internado por cerca de 18 meses, em semanas intercaladas. Até hoje não sei o que me fez mal, mas fui aconselhado a evitar o contato com venenos, a aproveitar cada momento como se fosse o último, e principalmente, agradecer a Deus diariamente pela segunda vida que tive a oportunidade de receber.
Atualmente gozo de ótima saúde, mas infelizmente tenho em minha família quatro tios convivendo com uma doença que ainda não teve sua cura descoberta: o câncer. Tomar conhecimento de tal enfermidade já é o suficiente para abater psicologicamente a pessoa, e a situação pode se agravar quando quem está ao redor dela se desesperar – não sendo capaz de lhe dar força.
A jornalista Andréa Mesquita diz, em artigo publicado no jornal O Liberal, que sofreu com a doença por duas vezes, e criou uma frase que a ajudou muito no tempo que esteve enferma: “como não quero que o câncer me domine, deixo que minha felicidade o enfraqueça”. Com a frase, a jornalista lembra que o doente de câncer, além do tratamento, merece um olhar de respeito e não de pena ou de crítica quando se diverte. “Essa visão do paciente moribundo precisa ser mudada”, ressalta Andréa. Por isso, é importantíssimo que tratemos as pessoas doentes de forma normal, prestar solidariedade é diferente de lamentar falta de sorte ou derramar lágrimas de tristeza na frente do enfermo. É mais útil que você o convide para viajar, fazer uma festa, um churrasco, sei lá, qualquer coisa que a pessoa possa se divertir e esquecer-se do quanto é ruim a sopinha e a gelatina servida nos hospitais por aí. Afinal, encafifar com a doença fará a pessoa pensar que se encontra próxima da morte, e não há nada pior que o doente psicológico. Sendo assim, “curta a vida porque a vida é curta” – mas ela pode ser eterna pra quem carrega “o sorriso na boca e a paz no coração”.
“Hoje é meu último dia de vida...De novo”, a frase do comercial do EcoSport 2011, da Ford, nos ensina que devemos aproveitar todos os dias ao máximo, não nos deixando abater pelos problemas que venham a nos atormentar e estimulando-nos a fazer a diferença. Ame mais, perdoe mais, sorria mais...Xingue menos, brigue menos, lamente menos. Somos responsáveis pela qualidade da vida na Terra, nossos atos, bons ou maus, serão contabilizados futuramente, e o fim ou o recomeço dependerá somente de quem respira desses ares, bebe dessas águas e se alimenta pelo o que a natureza nos oferece, sem pedir absolutamente nada em troca.
É difícil prever o futuro, mas fatos do passado devem ser observados mais atentamente por quem compromete a vida no planeta. Vale destacar algumas revoltas da natureza ocorridas nos últimos anos: em 2004 o Tsunami devastou oito países da Ásia, com mais de 280 mil vítimas fatais; em 2005 o furacão Katrina varreu a cidade de Nova Orleans (EUA), matando mais de 1500 pessoas; em 2009 foi a vez de o Brasil ser atingido por vários ciclones em Santa Catarina e com os desabamentos de terra em Angra dos Reis (RJ), calando a boca de quem dizia que o país não sofreria por impactos ambientais; e por fim, terremotos no Haiti e Chile colocaram o mundo em pânico, levando-nos a acreditar que o fim dos tempos pudesse mesmo estar próximo. Cada um defende a sua teoria referente ao Apocalipse, a mais ouvida é sobre as profecias dos Maias, em que o fim se dará em 21 de dezembro de 2012. Outras pessoas acreditam que será por meio da Terceira Guerra Mundial, há quem diga também que um grande meteoro cairia sobre a Terra, outros ainda pensam que o ponto final será colocado em nossa história quando os homens começarem a brigar entre si devido à falta de água e alimentos, além da multiplicação constante de novas pestes.
Sobre o fim dos tempos, a Bíblia descreve que será “naquele dia e hora, porém, ninguém sabe. Nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai”. Aí eu me pergunto, vale a pena ficar tentado prever quando o Senhor virá? Pois é, quantas religiões, seitas e povos já previram o “Dia do Juízo Final” sem sucesso.
Os sinais estão aí, aos olhos de quem for capaz de enxergar além de seu próprio umbigo. O egoísmo, a ganância, a luxúria e principalmente, a descrença de que nós mesmos cavamos nossa própria sepultura mantêm alguns homens livres da dor na consciência. Não consigo imaginar como podem existir pessoas capazes de colocar suas cabeças em seus travesseiros e ainda conseguirem dormir tranquilamente com seus irmãos morrendo de fome, sede, frio... O grande fato é que as previsões não devem ser descartadas antes de uma análise. Será que uma não acaba se relacionando com a outra de certa forma? Se vamos ter mais um ano, uma década ou um milênio de vida vai ser difícil calcular. Só vale lembrar que “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”. Peça perdão para quem você magoou, agradeça aos seus pais pela vida que eles vos deram, abrace um velhinho, segure uma criança no colo, resumindo, faça a diferença e não dê espaço para arrependimentos.
Também afirmo que chorar não deixa ninguém mais ou menos macho, ouça seu coração e nunca tenha medo de se emocionar. Não economize sorrisos e acredite na união dos homens, pois só dessa forma você creditará ao fim uma oportunidade de recomeço.
26 de janeiro de 1990 nascia “um futuro craque de futebol”, na opinião de meu pai. Minha mãe se contentava com “um potencial médico, engenheiro ou advogado”. Ter um filho jornalista não passava pelas suas cabeças, aliás, minha mãe um dia me disse que esta é “a profissão que mais abriga artistas em final de carreira e a que mais revela a burrice humana, pela exposição contínua na mídia”.
Bem, até meus 10 anos tentei seguir a carreira que meu pai sonhava pra mim. Fiz escolinha de futebol, mas não tinha muitas oportunidades, pois estava um pouco acima do peso, sem contar que também não tive a sorte de naquela época o Ronaldo estar jogando com a sua atual forma física. Quando eu entrava, sempre depois dos 30min do segundo tempo, não fazia feio, até marcava meus golzinhos. Resolvi sair no auge, assim como fez um certo “Pelé”. Nosso time perdia de 7X0 para o time principal de minha cidade, o técnico olhou para o banco e me chamou: “Entra lá moleque, vira esse jogo pra gente”. Confesso que ri na cara dele. Bem, entrei naquela barca furada disposto a fazer meu último jogo. Já nos acréscimos recebi uma bela bola do 10 do time, limpei dois zagueiros e bati no canto superior direito do goleiro, sem chances de defesa. Busquei a bola no fundo das redes e entreguei para o juiz com um pedido: “Termina essa porra logo, meu pai já viu meu gol”. Lembro até hoje que nos jogos que ganhávamos nunca meu pai conseguia ir, pelo trabalho, mas nesse ele conseguira, vai saber o porquê.
Depois do jogo, agradeci ao meu técnico “por toda a confiança que ele depositara em mim, enquanto joguei no time dele”. Também expliquei que pretendia tomar um novo rumo na minha vida, pois precisava me dedicar mais aos estudos, para ver se ainda dava tempo de recuperar o tempo perdido e virar um profissional de pelo menos uma área que minha mãe pretendia.
Distanciei-me dos gramados, mas a paixão pelo futebol continuava. Com meus 15 anos, já bem mais magro, ganhei cultura com muita leitura e produção de textos. Pensava em trabalhar em alguma área relacionada ao esporte, mesmo contra a vontade de minha mãe, aliás, na adolescência é bem comum os jovens contrariarem seus pais, no meu caso esquecer a medicina e a engenharia era o meu direito.
Só depois de eu ter ouvido pessoas de mais gabarito, descobri que poderia estar relacionando hobby ao futuro emprego. Foi então que comecei a fazer uso dos testes vocacionais, pesquisar carreiras e pedir a opinião dos amigos em relação ao meu futuro. Só com 17 anos o jornalismo apareceu na minha vida, não sei bem ao certo como foi, mas me lembro que o jornalismo esportivo apareceu como uma possibilidade que eu teria para ganhar dinheiro e ser feliz ao mesmo tempo.
Na faculdade, tive a possibilidade de conhecer, aprender e me interessar por novas áreas dentro do jornalismo. “Cultura”, “economia”, “internacional” e até mesmo “política” começaram a me agradar. Ainda estou tendo um pouco de dificuldades com “polícia”, isto porque tive o azar de ter visto o Datena apresentar o “Brasil Urgente”, da Band.
Atualmente, não sei ao certo qual área vou seguir dentro do jornalismo, mas posso concluir certamente que em qualquer uma que o futuro me proporcionará serei mais feliz do que as profissões que meus pais desejavam para mim. Hoje eles se orgulham de ver minhas matérias publicadas em jornais de bairro, revistas de menor expressão e em sites jornalísticos menos afamados. E eu fico ainda mais feliz por ter conseguido colocar eles do meu lado.
Por falta de tempo ou paciência, pais presenteiam seus filhos com brinquedos, mas eles, na maioria das vezes, só querem um pouco de amor e atenção. Essa falsa ilusão de agrado contribui para uma péssima formação dos pequenos; pois, quando crianças, já convivem em um leito individualista e de felicidade efêmera, que refletirá numa sociedade cada vez mais fria e materialista.
Acreditar em riqueza material para ser feliz seria afirmar que é melhor ter do que ser e, assegurar que o mundo fica melhor quando cada um tem o seu. Somente a pobreza espiritual traz a infelicidade, não existirá felicidade absoluta enquanto procurarmos lugares para colocá-la; a prosperidade estará próxima quando admitirmos que ela não é fácil de ser alcançada, passa por turbulências, assim como qualquer outro sentimento, e vingará quando o amor caminhar ao seu lado.
A tranquilidade e a simplicidade são princípios fundamentais para estabelecer a temperança referente aos desejos. O indivíduo tranquilo e simples é capaz de estabelecer sua paz interior, não se deixando pautar pelo que o senso comum diz, principalmente referente ao consumismo, materialismo e individualismo. Não se perturbaria com o choro de um bebê e não o calaria com “presentinhos”, preferiria acalmá-lo e dar-lhe-ia um pouco mais de atenção e afeto.