Contemplar um amor verdadeiro está tão difícil nos dias atuais que o Carnaval ainda ajuda a disseminar a cultura de que homens e mulheres estão cada vez prestando menos. Não sei até que ponto o número de traições aumenta nessa época do ano, mas as estatísticas comprovam que muitos se quer sabem o nome da pessoa que conheceu em um desses cinco dias.
Vá lá, não precisa ir muito longe para dar de cara com uma das churrascarias “Prazeres da Carne”. Ligue a TV depois das 11h da noite e saboreie filés de muita qualidade, embalados a vácuo para não perder o potencial provocador de tesão.
Puxa vida, quantas e quantas esposas têm que aturar o marido babão nas altas madrugadas de desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro e de São Paulo. Tenho dó delas, ficam envergonhadas com seus próprios corpos ao verem musas esculturais sambando ao vivo.
E o ciúme do maridão, onde fica? Ah, pode crer que tem também. Ele fica louco quando sua mulher inventa de colocar aquele shortinho arrebatador de corações de pedreiros. Parece brincadeira, mas não é. A esposa desfila na rua sonhando ser uma rainha de bateria, só que seu homem nem imagina que não foi o escolhido para ser o mestre sala de seu Carnaval.
Essa época também contribui e muito para que as maternidades fiquem com suas capacidades máximas em novembro. É sempre um “buaaaaaá” atrás do outro. Só que a maior tristeza dessa futura realidade é que muitos bebês serão criados pelas avós, porque só amor (e de Carnaval) não vai sustentar a criança.
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