Após uma
gestação que durou o equivalente a duas de um parto normal, nasceu, na tarde
desta quinta-feira (27), meu mais novo filho no âmbito comunicacional, um
veículo impresso. Depois de perder, recentemente, o televisivo “Programa Barco Escola” e o radiofônico “Frequência Ecológica”, a paixão pela Comunicação
Social, desta vez, gerou como fruto um jornal.
O “Notícias
Poli”, informativo interno desenvolvido para a Etec (Escola Técnica Estadual de
São Paulo) Polivalente de Americana, foi idealizado como TCC (Trabalho de
Conclusão de Curso) antes mesmo de eu passar no vestibulinho da instituição de
ensino. Lembrando que a faculdade de Jornalismo não me proporcionou
conhecimentos do universo gráfico suficientes para o desenvolvimento de tal
projeto.
Estudar no
Polivalente sempre foi um sonho. Acabei não passando no primeiro ano do Ensino
Médio, mas tentei novamente para o segundo, e deu certo. Disse um “até logo”
para a escola no final de 2007. Voltei em meados do ano passado para o técnico
em Comunicação Visual, que foi fundado apenas em 2009.
O curso,
além do conhecimento necessário para lançar o jornal, possibilitou-me uma
aprendizagem diferenciada com excelentes professores, ótimo contato com a
direção e APM (Associação de Pais e Mestres) da instituição de ensino, grandes
colegas de classe e bons amigos no grupo de TCC, para estes últimos um destaque
especial, pois acreditaram naquilo que era apenas uma potencial ideia e fizeram
dela um baita projeto – vencedor nas duas maiores categorias de premiação a TCCs da Etec.
A propósito, em sua
carta “Aproximar”, J. C. Basanella escreve com extrema felicidade sobre isso:
“Ao perceber que pode avançar para
realizar desejos, deixe aproximar por via da intuição pessoas que podem ser da
mesma sintonia para que se realize o que se tem em mente.
Há momentos em que a decisão é
particular, mas, no mundo dos humanos em sociedade, é necessário estar à
espreita para acolher pessoas que são boas na questão de lhes apoiar quando uma
ideia vem em sua direção para a realização dos seus sonhos.
O aproximar imbui situações que lhe
envolvem, faça uma prévia, através também da dedução se lhe é pertinente
avaliar e permitir acolher a energia que o circunda para a concretização das
suas ideias.”
Em toda
minha vida sempre quis que meus trabalhos agregassem valor às outras pessoas ou
deixassem um legado. Foi assim com os textos do Recanto das Letras e continua
no “Quando falta pauta”, para que seus leitores possam se entreter e captar
alguma mensagem positiva; aos 16 anos, procurei, juntamente com outro grupo de
TCC no Médio do Poli, resolver alguns problemas do SUS (Sistema Único de Saúde)
com o lançamento do projeto “Saúde On-line”, que visava reunir em um formulário
eletrônico todas as informações médicas principais de cada indivíduo para, em
caso de acidentes, por exemplo, o médico tivesse acesso rápido ao prontuário
clínico atualizado da vítima - visualizado com a ajuda de um cartão, que
deveria ficar junto com os documentos de identificação pessoal - e agilizar seu
tratamento (o projeto foi considerado “ousado” demais pela banca avaliadora,
não emplacou após a sua apresentação. Curioso é que, alguns anos depois, o país
viu o lançamento de vários cartões Saúde e SUS, que têm propostas semelhantes);
na faculdade, o trabalho final foi o livro-reportagem “Voluntariado Ambiental:
peça importante no quebra-cabeça da sustentabilidade” - escrito em parceria com
uma colega de turma -, a obra narrou as histórias de voluntários que atuam em
prol do meio ambiente nas cidades de Americana e Limeira (SP), tínhamos como
objetivo conseguir patrocínio para relançar o livro em grande quantidade para
distribuirmos nas escolas das duas cidades, a fim de estimularmos nos mais
jovens a vontade de voluntariar a favor das causas ecológicas após a leitura da
obra, mas não obtivemos êxito nessa busca junto às secretarias de Cultura e
empresas dos municípios; no último emprego, dois projetos tiveram grande
sucesso e audiência, um programa de tevê e outro de rádio (já citados no início do texto), ambos ambientais,
mas que foram interrompidos por ausência de mão de obra e crise financeira,
respectivamente; agora, só desejo vida longa ao Notícias Poli!
O jornal
veio para resolver a problemática comunicacional da Etec, integrando alunos,
professores e direção. Ele foi projetado para que continue após nosso grupo de
TCC concluir o curso, mas, para isso, necessitará, daqui pra frente, de
envolvimento de toda a comunidade escolar. Podemos resumir que demos o primeiro
peixe e também nos colocamos à disposição para ensinar quem quiser a pescar, só
resta aos colaboradores do Polivalente vontade para tocar o projeto com o mesmo
sucesso de sua edição número 1.
Ficou curioso para ler o NP, mas não consegue ir até à instituição de ensino pegar um exemplar? Então clique aqui para acessar a versão digitalizada do jornal.
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