Que você
possa fazer de cada dia de 2015 uma sexta à tarde, um sábado à noite, um
domingo de manhã. Por que:
“Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é Natal...
Quando se vê, já terminou o ano...”
Esse trecho
do poema O Tempo, de Mário Quintana,
resume a correria da sociedade contemporânea, cada vez mais desatenta aos
detalhes que permitem fazer de pequenos instantes grandiosas histórias.
Lembrando
que a robótica trabalha muito bem sob a pressão de um tic-tac, já as doenças
relacionadas ao estresse não deixam mais de 90% da população mundial viver da
mesma maneira.
Apesar do
sistema forçar a mecanização dos indivíduos, você sabia que as atitudes humanas
estão em alta? Voltando ao exemplo industrial, os gestores têm buscado, para
compor suas equipes, profissionais mais colaborativos, humildes, educados, resilientes,
engajados em ações sociais, ativos na conservação do meio ambiente, enfim, que
promovem, de fato, um mundo melhor.
Nas relações
pessoais, vivenciando o auge da comunicação virtual, quem fizer diferente -
estar presente -, terá maiores chances de constituir laços fraternos duradouros.
Do contrário, tente ser feliz em um Amor
Líquido, como desafia o sociólogo polonês Zygmunt Bauman.
Por que
falei tudo isso acima? Pois, nos últimos anos, vi o tempo passar. Também me
senti refém do relógio, deixei medos enfraquecerem sonhos, lamentei ausências,
não valorizei como devia as coisas simples, desejava mudanças sem disposição
para torná-las possíveis.
Contudo,
neste instante, retomo o primeiro parágrafo deste texto para uma reflexão. Qual
dia da semana, do mês ou do ano te deixa mais alegre? E por quê?
No meu caso,
percebe-se que a escolha foi de períodos de um final de semana. Ambos me deixam
contentes, cada um de forma muito particular, mas motivados, essencialmente,
pelas datas que representam. Talvez alcançarei a felicidade diária em 2015 se
vivenciar intensamente os momentos da mistura psicológica sexta/sábado/domingo,
sempre com muito amor, menos ansiedade, mais esperança, saúde, trabalho e amizade.
O final de
2014 usei como piloto para testar esse objetivo para o próximo ano, o que
comprovou sua eficácia. Sendo assim, reforço, com base em minha experiência,
que qualquer dia pode nascer mais feliz se tornarmos a batida do nosso coração
o relógio da nossa história. Afinal, somente esse pulso é capaz de nos fazer
sentir vivos, e atentos aos demais sinais vitais.
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