Hoje, você
completaria 51 anos. Dos 24 que tive a oportunidade de conviver contigo, não me
recordo de comemorações nesta data. Não que era contrário a esse tipo de festa,
só nunca deu tanta importância como a maioria das pessoas, talvez por isso que não
tomava a frente em uma organização dessa festividade e, o pior - na opinião da
mãe - sequer lembrava-se de felicitar o aniversariante (quantos rachas não vi
entre eles por isso...rs).
Mas confesso
que nunca me importei em ver ela te cobrando para me parabenizar, quando estava
em casa: “é aniversário do Juan, não preciso dizer mais nada, né?!”. Era mamãe
que corria atrás de tudo para as minhas celebrações de infância, o trabalho
dele não nos permitia tanto contato. E como o presente, quase sempre, era
entregue antes, por que esperar por um parabéns? Na verdade, qual criança liga
para a ausência desse voto?!
Enfim, se esse
tipo de comemoração pouco lhe importava, para que escrever esse texto agora?
Porque, mais que a data de seu aniversário, hoje é domingo - dia que passava
com ele. Era quando íamos à missa de manhãzinha; depois assistíamos ao “Globo
Rural”, “Siga bem, caminhoneiro” e “Esporte Espetacular”; almoçávamos comidas
especiais, quando não preparadas pela mãe, buscadas em restaurantes; disputávamos
partidas de videogame valendo a louça; jogávamos futebol e acompanhávamos nosso
São Paulo; e ainda dava tempo de nos entreter com os programas do Faustão ou
Gugu, antes de irmos dormir. É claro que não era sempre assim, às vezes rolava
uma pescaria, pedalada, trilha na matinha, churrasco em algum parente, mas, a
sequência de cima, penso eu, era a sua predileta.
Com esse
cronograma de atividades, impossível aceitar quem reclame do domingo. “Dia da
preguiça” é para quem não teve a oportunidade de curtir uma domingueira com a
gente.
A alegria do meu pai
traduzia que em qualquer data era possível ser feliz, e não era a falta de
um parabéns que diminuiria seu amor por mim. Te amo, hoje e sempre, minha
estrela do céu!
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